Bom senso e etiqueta social são sempre bem-vindos, especialmente em ambientes como condomínios, onde esses aspectos ganham ainda mais relevância. Na convivência coletiva, mesmo que seja inevitável, a cordialidade é a chave para um mínimo de entendimento entre todos, principalmente quando há aquele vizinho desatento, capaz de perturbar o sossego comum.
O síndico tem um papel crucial nesse contexto, mas é importante que os moradores compreendam que ele é, acima de tudo, o administrador do condomínio e pode atuar como mediador em conflitos. Cabe a ele fiscalizar os problemas entre os condôminos e garantir o cumprimento do Regimento Interno.
O Regimento Interno deve ser a referência para a solução de qualquer conflito. Questões como horários de festas e mudanças, obras, animais de estimação, uso das áreas de lazer e da garagem estão detalhadas nesse documento. As reclamações, por sua vez, devem ser registradas no livro de ocorrências, tanto pelos moradores quanto pelo síndico. As penalidades aplicáveis dependem das regras definidas no Regimento Interno.
Entre as reclamações mais comuns está o excesso de barulho. Seja por festas que se estendem madrugada adentro, passos de salto alto no andar de cima ou a gritaria das crianças, o barulho é um dos maiores motivos de desentendimentos entre condôminos. A solução mais eficaz é estabelecer claramente os horários permitidos para ruídos no Regimento Interno. Caso esses horários não sejam respeitados, o síndico pode notificar o morador infrator e, se necessário, aplicar uma multa. No entanto, se o barulho for um evento isolado, uma conversa amistosa pode resolver o problema sem maiores complicações.
Vazamentos e infiltrações também são fontes de conflitos. Se o problema for originado no apartamento do vizinho, o ideal é chamá-lo para uma verificação. Caso ele não coopere, o morador afetado pode buscar amparo na Justiça. Se o dano for causado por áreas comuns do prédio, o condomínio deve arcar com os custos do reparo.
As vagas de garagem são outra causa comum de dor de cabeça em condomínios. Há vizinhos que estacionam em vagas alheias, ocupam mal a sua própria vaga invadindo a do lado, ou ainda transformam a garagem em um depósito para objetos variados. Nesses casos, uma conversa direta com o vizinho pode resolver a situação, mas, se necessário, o síndico deve intervir.
Animais de estimação, queridos por muitos e incômodos para outros, também devem seguir as regras. O animal não deve perturbar o sossego dos outros condôminos, e os donos devem recolher imediatamente qualquer sujeira feita por ele, além de manter a higiene adequada tanto do animal quanto do local onde ele fica. Antes de formalizar uma queixa sobre um animal, é aconselhável verificar se outros moradores também se sentem incomodados.
Para evitar que a vida em condomínio se torne um pesadelo, o diálogo e a tolerância são essenciais. A ideia de que a liberdade de um termina onde começa a do outro deve sempre prevalecer, garantindo uma convivência harmoniosa e tranquila para todos os moradores.
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Fonte: Redação Prednews