A crise hídrica se tornou um termo frequente nos noticiários do país e na vida dos brasileiros nestas últimas semanas. E não poderia ser diferente. Esta é a pior seca já enfrentada pelo Brasil em 91 anos, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico(ONS).
Por causa da falta de chuvas, muitos reservatórios de hidrelétricas estão operando próximo ao nível mínimo para geração de energia elétrica. Com o pouco armazenamento de água, cresce a pressão sobre o sistema elétrico e a consequência disso pode ser sentida nas bandeiras tarifárias das contas de luz que chegam na casa dos consumidores. As bandeiras tarifárias são sobretaxas adicionadas às faturas quando o custo da geração de energia sobe.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aplicou, em junho deste ano, a bandeira considerada, até então, a mais cara do sistema, a vermelha no patamar 2. Essa bandeira representa uma cobrança adicional de R$ 6,24 para cada 100 kWh de energia consumidos. Porém, com o agravamento da crise hídrica, uma nova bandeira tarifária foi criada e posta em vigor neste mês de setembro, chamada “escassez hídrica”.
Válida até abril de 2022, a bandeira tarifária “escassez hídrica” adiciona R$14,20 para cada 100 kWh consumidos. Assim, para equilibrar oferta e demanda, além de medidas do governo, também é necessária a contratação adicional de produção de energia, como o acionamento de usinas termelétricas; e a própria redução no consumo de energia, com estratégias voltadas para grandes consumidores como a indústria.
Entre as medidas do governo para o enfrentamento da crise hídrica estão:
- Criação da Câmara de Regras Excepcionais para Gestão de Crise Hidroenergética (Creg);
 - Autorização do acionamento de usinas termelétricas adicionais;
 - Edição do decreto que regulamenta a realização de leilões para contratar usinas “reservas” de geração de energia;
 - Compra de energia da Argentina e Uruguai;
 - Mudanças nas regras de uso da água, para reduzir a vazão dos reservatórios;
 - Autorização da operação excepcional de parte dos sistemas hídricos.
 
E o cenário chuvoso para os próximos meses não é animador, segundo especialistas. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) considera que as chuvas dos meses que virão não serão suficientes para resolver o problema do desabastecimento de água dos reservatórios. Dessa forma, os riscos de racionamento ou desabastecimento aumentam, segundo especialistas.
Economizar água e energia tornam-se, nesse contexto, uma necessidade básica para os consumidores.Por esse motivo, separamos algumas dicas de economia para o dia a dia. Confira:
- Certifique-se de que a torneira não fica pingando quando está fechada. Se a mesma apresenta vazamento, ao longo de um ano, o pinga-pinga pode desperdiçar até 16 mil litros de água limpa e tratada.
 - Reduza 1 minuto do seu banho e economize assim de 3 a 6 litros de água. Desligue o chuveiro quando estiver se ensaboando.
 - As plantas absorvem mais água em horários quentes, então molhe-as de manhã cedo ou no fim do dia.
 - Encha uma garrafa pet de 2L com pedras, água ou areia, feche bem e coloque cuidadosamente na caixa de descarga do vaso sanitário. A privada funcionará normalmente e serão economizados dois litros de água a cada acionamento de descarga. Se você utiliza o banheiro cinco vezes ao dia, a economia mensal média será de 1200 L, em uma casa de quatro pessoas.
 
- Substitua as lâmpadas incandescentes por fluorescentes ou de LED.
 - Desligue a luz sempre que sair de um cômodo.
 - Mantenha os filtros do ar-condicionado sempre higienizados.
 - Desligue todos os aparelhos não utilizados da tomada.
 - Utilize o ferro de passar e a máquina de lavar quando tiver uma quantidade adequada de roupas.
 - Evite deixar a geladeira próxima do fogão, pois um aparelho atrapalha o funcionamento do outro.
 - Utilize ao máximo a luz natural dos ambientes.
 
Imagem: Pexels
Fonte: Redação PredNews

                                    

