Publicada em 1982 na revista norte-americana The Atlantic Monthly, a Teoria das Janelas Partidas é um estudo que foi realizado na Universidade de Stanford (Estados Unidos), por James Wilson e George Kelling. A partir de um experimento social, a teoria se popularizou com o livro “Teoria das Janelas Partidas”, lançado em 1996. Mas, do que se trata a teoria e o que ela tem a ver com condomínios?
Entendendo a teoria
No estudo, duas diferentes regiões dos Estados Unidos foram consideradas, o Bronx em Nova Iorque e Palo Alto na Califórnia. O Bronx é um bairro de baixa renda de Nova Iorque, com elevados índices de criminalidade e mal conservado. Por outro lado, a cidade californiana Palo Alto, de padrão elevado, possui índices de criminalidade baixíssimos e é bem conservada.
Para realizar o experimento, duas viaturas de polícia idênticas foram abandonadas em cada uma das regiões citadas. Enquanto isso, os especialistas acompanharam os veículos de longe e as situações que ocorreriam, de maneira não perceptível.
No Bronx, a viatura foi completamente destruída no mesmo dia. Espelhos, rodas, motor, rádio e vários outros equipamentos foram levados. Já a viatura deixada em Palo Alto ficou intacta por muitos dias, sem que ninguém tocasse nela. Uma semana depois, porém, os pesquisadores decidiram quebrar uma janela dessa viatura que estava em Palo Alto e rapidamente o veículo foi totalmente depenado e destruído, do mesmo modo que ocorreu no Bronx.
A conclusão da pesquisa foi de que o resultado do experimento não está ligado à classe social, e sim com a psicologia humana e suas relações sociais. A janela quebrada transmite a ideia de descuido, deterioração do patrimônio, desinteresse. Transmite ainda a sensação de que se pode fazer tudo, pois passa a existir a impressão de fraqueza dos códigos de convivência, ausência de leis e regras em determinado ambiente.
Novamente surge o questionamento: o que isso tudo tem a ver com condomínios?
Em condomínios, a Teoria das Janelas Partidas pode ser aplicada em diversas situações. Isso porque, uma gestão ruim e omissa pode ocasionar a completa desordem desse patrimônio coletivo. O síndico não pode esperar para resolver depois problemas como sujeira de áreas comuns, deterioração da fachada e equipamentos, infiltrações e aplicações de penalidades por infrações, por exemplo. Esperar que algo piore para tomar uma atitude não é característica de um gestor responsável e comprometido.
Com tudo isso, um bom gestor não pode esquecer de estar em dia com as manutenções, principalmente a inspeção predial; usar o bom senso e sempre agir com rigor, respeito e igualdade com todos os condôminos; dar bons exemplos, como condômino e também quanto ao relacionamento interpessoal; e respeitar a Legislação.
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Fonte: Redação PredNews
