Como medir o nível de felicidade dentro de um condomínio?

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“É impossível ser feliz sozinho”: o que Tom Jobim tem a ver com a vida em condomínio? Tom Jobim eternizou, em sua obra, uma reflexão poderosa sobre a felicidade e os vínculos que construímos ao longo da vida. Quando escreveu o verso “É impossível ser feliz sozinho”, na música Wave, talvez não imaginasse que sua frase se encaixaria tão bem no contexto dos condomínios, espaços onde o coletivo está sempre presente e a individualidade precisa ceder espaço à convivência.

Quem mora em condomínio entende bem: viver em comunidade significa compartilhar, desde elevadores até áreas de lazer como piscina e playground. O isolamento absoluto simplesmente não é uma realidade nesse modelo de moradia. E é justamente nessa convivência diária, muitas vezes involuntária, que o conceito de felicidade ganha novos contornos.

A interação com o outro, ainda que sutil, é constante. E isso nos leva a uma questão interessante: seria possível medir o nível de felicidade dentro de um condomínio?

Por se tratar de um ambiente de convivência comum, o condomínio pode mensurar o  índice de felicidade entre seus moradores e funcionários, considerando nove pilares que sustentam a harmonia e bem-estar dessa comunidade interna. 

A ideia de medir a felicidade surgiu no reino de Butão, em 1972, quando o rei Jigme Singye Wangchuck resolveu criar um método para avaliar o grau de felicidade dos seus súditos, criando assim a Felicidade Interna Bruta (FIB). Adaptando esse indicador para a realidade atual dos condomínios, os nove pilares relacionados à satisfação dos seus dependentes (moradores e funcionários) exigem a contribuição e participação de todos para um convívio pleno, afinal, quanto maior a harmonia condominial maior o grau de felicidade.

Inspirado nesse conceito, é possível adaptar os pilares da FIB à realidade dos condomínios, buscando compreender o grau de satisfação dos seus dois públicos principais: moradores e colaboradores.

Os 9 pilares da felicidade condominial

A harmonia dentro de um condomínio depende de diversos fatores. Abaixo, listamos os nove pilares que podem funcionar como indicadores da “felicidade condominial”. Quanto mais equilibrados, maior a sensação de bem-estar coletivo:

  1. Segurança: soma entre recursos humanos, regras a serem seguidas e equipamentos. 
  2. Prestação de serviços: escolha de prestadores de serviços e empresas confiáveis e capacitadas para realizar um trabalho de qualidade.
  3. Gestão condominial: associado aos nove pilares, o gestor deve desenvolver ações voltadas às necessidades da comunidade condominial e contar com o envolvimento de moradores e funcionários. 
  4. Saúde financeira: contas atrasadas, inadimplência e taxas altas geram insatisfação para os moradores. 
  5. Infraestrutura: os espaços e equipamentos do condomínio estimulam a satisfação dos moradores. 
  6. Convivência: quanto mais harmônica a convivência, maior o bem-estar da comunidade condominial. 
  7. Sustentabilidade: as práticas sustentáveis (economia de água e energia, reciclagem, etc.) promovem satisfação e sensação prazerosa de colaboração com o futuro do planeta. 
  8. Saúde: a limpeza do condomínio e os ambientes para a prática de esportes que ele oferece aos seus moradores geram qualidade de vida e saúde. 
  9. Lazer: o descanso e entretenimento das áreas de lazer estimulam o convívio social e o bem-estar dos moradores. 

Viver em condomínio é compartilhar: espaços, regras e felicidade

A experiência de viver em condomínio mostra que, de fato, não dá para ser feliz sozinho. A felicidade nesse tipo de moradia nasce do equilíbrio entre bem-estar individual e harmonia coletiva. E quanto mais conscientes estivermos dos fatores que influenciam esse equilíbrio, mais chances temos de transformar o nosso espaço comum em um verdadeiro lar.

Imagem: Freepik

Fonte: Redação PredNews

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