Compartilhar. Essa ideia tem sido aplicada de diferentes maneiras no dia a dia de muitos brasileiros. Saindo no campo das redes sociais, onde o compartilhamento de conteúdo e informações teve um surpreendente avanço nos últimos anos, e entrando em um ambiente mais realista, de vivência entre pessoas, o termo compartilhamento pode ter um significado ainda mais relevante. É o caso do consumo colaborativo, onde compartilhar é a base para a utilização de bens e serviços.
O conceito de consumo colaborativo surgiu nos anos 2000, nos Estados Unidos, e foi reforçado com a crise mundial de 2008. Na prática, o objetivo é que o mesmo produto seja utilizado por mais pessoas, aumentando sua vida útil e com o melhor aproveitamento de matérias-primas, já que o conceito utiliza o reuso e a reciclagem em sua aplicação.
De forma clara, o consumo colaborativo funciona assim: você compra um determinado objeto utilizado pouquíssimas vezes e seu vizinho está precisando dele, então que tal emprestar, trocar ou até doar esse objeto a ele? A ideia é promover a interação entre as pessoas que aderem ao movimento e gerar economia com o modelo consciente de consumo.
Os condomínios são ambientes excelentes para implantação dessa iniciativa. Além da possibilidade de praticar uma atitude sustentável, economizando dinheiro com uma compra que não precisará ser feita, o espaço limitado (situação comum na rotina condominial) para guardar esses objetos não será mais um problema. O consumo colaborativo também propicia uma melhor convivência entre os moradores, que passam a ter um contato mais próximo entre si.
Então por que não implementar em seu condomínio uma prática sustentável, que promove interação entre as pessoas que a praticam, e gera economia de recursos? Para tornar isso possível, os moradores podem se reunir para discutir o conceito de consumo colaborativo e analisar a viabilidade para o condomínio. Diferentes formas de controle dos objetos podem ser utilizadas, entre elas planilhas, aplicativos, ou algo mais simples como anotações com papel e caneta.
O consumo colaborativo pode ser aplicado para uma caixa de ferramentas, que pode ser dividida entre todos os moradores de um pequeno condomínio, até objetos maiores, como bicicletas, patinetes e outros.
Com o consumo colaborativo, o foco deixa de ser especificamente o produto e passa a ser a necessidade que ele pode suprir. A colaboração é intensificada nesse momento, quando as pessoas olham para o outro e tentam entender o que ele precisa. O resultado dessa experiência é engrandecedor para todas as partes envolvidas.
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Fonte: Redação Prednews