Para aproveitar em dias mais quentes, o cuidado com a piscina do condomínio começa no inverno. Use essa época do ano para realizar a manutenção da piscina.
É tempo de frio em diversas regiões do país. E como nesta época do ano as baixas temperaturas costumam afastar as pessoas das piscinas, esse período se torna o mais indicado para obras de reparo, troca de revestimentos e restauração de pisos e decks.
Os dois tipos mais comuns de piscinas instaladas em condomínios são as de resina poliéster com fibra de vidro, menos suscetíveis a furos e vazamentos. E as piscinas feitas de vinil, fáceis de montar e econômicas, por não precisarem de rejuntes.
Em ambos os casos, com o passar dos tempos, invariavelmente elas precisam passar por manutenção. E é isso que iremos tratar a seguir.
Veja agora o que deve pode ser observado pelo síndico, na área da piscina, aproveitando o pouco uso desse espaço em períodos mais frios.
1- Infiltrações e rachaduras
Infiltrações e rachaduras são ocasionadas, na maioria das vezes, pelo recalque que desloca a estrutura da piscina. Nesse caso, deve-se resolver o problema da fissura e, depois, tornar a impermeabilizar e revesti-la.
Geralmente as fissuras aparecem porque no momento da instalação não foi observada a relação entre impermeabilização e estrutura.
Por exemplo: se a impermeabilização escolhida for rígida, mas a estrutura apresentar movimentações é certo que no futuro surgirão fissuras e rachaduras.
Portanto, na hora de escolher o material mais indicado leve em conta a estrutura do espaço e o tipo de impermeabilização escolhido. Isso poderá evitar manutenções futuras fora de hora.
2- Troca de rejunte e azulejo
Apesar de não serem muito comuns em condomínios, os azulejos são uma das formas mais econômicas de revestir piscinas. Além disso, há uma infinidade de tipos de decoração com esse material. E como todo tipo de revestimento, ele também necessita de reformas e manutenções.
Existem duas possiblidades para a troca de azulejo e rejunte. A forma tradicional, a piscina é esvaziada lentamente, deixando somente um espelho d´água para evitar a dilatação da estrutura, e a empresa contratada escova os rejuntes e efetua a troca os azulejos trincados.
Porém, essa opção pode dispender um custo elevado financeiramente para o condomínio e ecologicamente para o planeta.
A segunda opção, denominada de técnica subaquática, já é bastante encontrada no mercado. Nela, o profissional efetua a troca dos azulejos, a reposição dos rejuntes e outros serviços sem precisar esvaziar a piscina.
Desta forma, não é preciso jogar fora milhares de metros cúbicos de água pelo ralo, onerando custos ao condomínio com a fatura mensal da água.
3- Troca do vinil da piscina
Nesse caso, não tem outro jeito. Será preciso esvaziar a piscina. Até mesmo por isso épocas mais frias do ano se tornam a mais indicada para esse tipo de procedimento.
O primeiro passo é a retirada do vinil antigo e a verificação de rachaduras na estrutura. Só depois se aplica um novo vinil.
Porém, antes mesmo do esvaziamento da piscina, é recomendável que o novo vinil já esteja pronto. Isso porque uma piscina vazia por muito tempo é mais propícia a sofrer riscos estruturais.
3- Troca de borda e manutenção do piso no entorno da piscina
Em qualquer tipo de piscina há a possibilidade da troca de sua borda. Para tanto, é fundamental que a nova borda tenha a mesma espessura da antiga, para não criar degraus de um revestimento para o outro.
Em relação à troca de pisos e decks, lembre-se sempre de que o conforto deve ser um aliado da segurança. Logo, os materiais mais indicados são os pisos atérmicos, aqueles que não absorvem muito calor, e os antiderrapantes.
Tratamento da água na piscina deve observado o ano todo
Além das manutenções periódicas, mais indicadas para serem feitas no inverno, o fato do espaço estar sendo menos usado não significa que os cuidados com a qualidade da água e a estrutura do espaço devam ser negligenciados.
Para que os condôminos possam usufruir desse espaço em dias mais quentes, sem pagar a mais por isso, uma vez que a falta de cuidado com a qualidade da água no decorrer do ano pode triplicar o valor do seu tratamento, é necessário que o síndico siga os procedimentos preventivos regularmente.
Veja algumas dicas para manter a piscina sempre limpa
– Em piscinas de uso coletivo o controle do cloro precisa ser rigoroso, geralmente dia sim, dia não, já que é ele que mantém a piscina transparente e evita a transmissão de doenças. Porém, fique atento, já que cloro em excesso pode irritar os olhos e danificar os cabelos.
– O processo de filtragem da água precisa ocorrer todos os dias. Os filtros mais comuns são os de areia. Apesar de serem muito eficientes, é preciso observar o correto tempo de filtração, a carga de areia adequada depositada no filtro e a validade do produto.
– Também é preciso ficar atento ao pH da água. A medição deve ocorrer pelo menos duas vezes por semana. Já a aspiração da piscina depende da demanda de utilização. Em alta temporada é recomendável efetuar o procedimento pelo menos uma ver por semana.
– A aplicação de alguns produtos químicos também se faz necessária durante esse período. O uso de algicidas e produtos para baixar a alcalinidade são os mais comuns.
Como se vê, manter uma piscina com água transparente e livre de doenças é bastante trabalhoso. Por isso, muitos condomínios contratam empresas especializadas. Já outros, com piscinas menores, preferem delegar essa função para seus funcionários.
Na prática, não existe nada que impeça que o próprio condomínio efetue esse procedimento, caso ele possua um profissional competente e com conhecimentos para executar o serviço.
No entanto, a vigilância sanitária, na Resolução 0003/2001, estabelece que todo local que possua piscina de uso coletivo ou especial seja obrigado a possuir alvará sanitário e profissional da área química como responsável técnico.
Imagem: Pixabay
Fonte: Viva o Condomínio