Iluminação tem como meta melhor eficiência energética, funcionalidade e beleza dos espaços
Você pode não perceber, mas ao clicar no interruptor você aciona muito mais do que uma simples lâmpada. A iluminação é um dos recursos imprescindíveis, capaz de ressignificar as áreas de uso comum nos condomínios. Por isso desempenho, eficiência e qualidade estética são só mais alguns dos itens que precisam ser pensados nas propostas de projetos luminotécnicos. Essas são características que podem fazer a diferença e trazer sofisticação ou até mesmo depreciar um condomínio.
Com o intuito de valorizar os imóveis, investir em projetos luminotécnicos tem se tornado uma tendência no mercado. Com eles é possível pensar alternativas para reduzir os gastos com energia elétrica e ainda renovar a aparência dos ambientes sociais. “Um projeto bem elaborado é capaz de promover um melhor uso dos ambientes, tornar áreas mais bonitas e reduzir os gastos com energia. Os condomínios podem gastar menos, pois a iluminação é mais barata que um revestimento, por exemplo. É possível garantir o padrão só com o efeito do projeto luminotécnico”, ressalta o arquiteto Lighting Designer, especialista em iluminação, Ugo Nitzsche.
Padronização
Outro direcionamento apontado pelo arquiteto é a padronização dos sistemas de energia com o uso de lâmpadas de LED. “Hoje há opções de lâmpadas e luminárias em LED que possibilitam desenvolver o projeto luminotécnico inteiro de um condomínio com esse tipo de luz. Há LEDs para luz de destaque, para luz em geral tanto quente quanto fria, para lustres, luz decorativa, postes e até mesmo para quadras que são sistemas que precisam de uma intensidade luminosa muito alta”, explica o arquiteto.
Segundo Nitzsche, mesmo que escolher uma lâmpada pareça uma tarefa simples, é necessário entender a proposta para cada ambiente. Isso porque são as especificações ideais para cada lâmpada que darão ao local as características que vão valorizar a arquitetura e garantir o melhor aproveitamento. “A luz errada coloca tudo a perder. A gente vê casos de condomínios de alto padrão que, para economizar ou por desconhecimento, acabam instalando lâmpadas nos lugares errados. Isso afeta todo o conceito e desvaloriza o condomínio, além de prejudicar a finalidade e o uso dos ambientes”, observa.
Luz quente e fria
Ele ainda explica que luzes quentes trazem características relaxantes e sofisticadas, enquanto luzes frias são estimulantes e mais rudimentares. “O projeto é obrigado a variar tonalidades. Por exemplos: luzes mais frias são ideais para as academias, espaços de treino, musculação, corrida e atividades de intensidade. Do mesmo jeito, num salão de festas um espaço gourmet não pode, de maneira nenhuma, ter uma luz branca. Precisa ser luz quente”, exemplifica o especialista em iluminação.
Das possibilidades de trabalhar a luz, Nitzsche também destaca que a variedade no direcionamento e saída da luz também pode fazer a diferença. “O mais comum que vemos em condomínios sem projeto luminotécnico é, por exemplo, luzes e luminárias só no teto, sem trazer diferenciação para a decoração desses ambientes. O que acontece é que a iluminação fica muito pobre de soluções. O conjunto da decoração com mobiliário e iluminação tem um resultado muito mais rico quando existe equilíbrio de recursos com luminárias no teto, na parede, no chão e sobre as mesas”, diz.
Economia
Quando o assunto é retrofit a arquiteta especialista em iluminação Marina Makowiek aponta que o melhor caminho é aliar economia de energia, sustentabilidade e qualidade visual. “Sistemas de iluminação mais eficientes que iluminam mais e consomem menos energia, são os mais indicados para utilização nos dias atuais”, observa. E, reforça que o principal cuidado é prestar atenção às necessidades de cada ambiente. “Cada espaço tem suas próprias características e funções e devem ser tratados de forma diferenciada. Tratá-los de maneira igual, gera desperdícios, principalmente no consumo de energia posterior”, completa.
Imagem: Freepik
Fonte: Condomínio SC