Os efeitos de uma gestão condominial pautada na ética

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Será possível conduzir, gerir e administrar o condomínio com ética e eficiência? Não só é possível como é necessário para que nos afastemos de uma administração condominial amadora e passemos para uma administração condominial de excelência.

Isso não quer dizer que necessariamente deva ser sindico profissional, mas sim, síndico engajado com o resultado da sua gestão.

Para isso, inicialmente, devemos verificar, literalmente, o significado de ética segundo o dicionário brasileiro é: “Segmento da filosofia que se dedica à análise das razões que ocasionam, alteram ou orientam a maneira de agir do ser humano, geralmente tendo em conta seus valores morais.”

Portanto, pode parecer que exercer qualquer função pautada na ética devemos nos embasar nos valores morais individuais, mas ser ético, principalmente no âmbito condominial, é justamente exercer seu trabalho com transparência, lucidez, integridade, competência, capacidade de comunicação e sentido de coletividade. Sim, o gestor condominial deve deixar prevalecer o sentido do coletivo em detrimento, muitas vezes, das questões individuais.

O síndico ou gestor condominial que traz para sua gestão a ética e a transparência, visará escolher empresas prestadoras de serviços dando enfoque a capacidade técnica que a empresa oferta, preço (nem sempre o menor preço será a melhor escolha em desfavor da capacidade técnica que deve prevalecer), buscar auxílio de profissionais especializados (engenheiro, arquiteto, advogado, entre outros), saber ouvir e decidir com isenção das suas preferências pessoais instituindo um ambiente democrático e justo.

Alguns atos de gestão podem fazer com que a gestão condominial seja mais ética, tais quais: assembleias com pautas claras e objetivas, meio de comunicação eficiente entre gestão e condômino, divulgação regular dos atos de gestão para ciência dos condôminos, transparências nas contratações, prestações de contas e inúmeras outras que poderíamos elencar.

A falta de ética na gestão condominial pode trazer várias consequências para aquele condomínio, principalmente a deterioração do patrimônio, desinteresse pelo dia a dia condominial, bem como, desgaste da relação entre gestor e condôminos e até mesmo entre os próprios condôminos, pois uma gestão deficitária, traz insegurança, desconfiança e deterioração tanta material quanto humana.

Portanto, profissionalismo, capacidade, transparência, ética e eficiência, devem ser os princípios basilares da administração condominial. Lembrando quem além dos princípios a legislação tenta trazer limites e responsabilidades ao gestor condominial, tanto no âmbito civil, quanto no âmbito criminal, assunto este que podemos abordar em outra oportunidade.

Fernanda Machado Pfeilsticker Silva é Advogada, Pós-graduada em Direito Imobiliário, Negocial e Civil e Pós-graduada em Direito Processual Civil. Atua na área do Direito Imobiliário – ramo condominial.

Imagem: Pexels

Fonte: Condomínio SC

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