No universo condominial, o mês de novembro é marcado pela celebração do Dia do Síndico(30 de novembro), data criada para valorizar quem assume a complexa tarefa de administrar um condomínio. A data ajuda a lembrar que o síndico não é apenas um morador voluntário, mas – cada vez mais – um gestor central para o bem-estar coletivo de centenas ou milhares de famílias.
Quais são as obrigações do síndico
O cargo de síndico está formalmente regulado pelo Código Civil Brasileiro, em especial pelo artigo 1.348. São atribuídas ao síndico, entre outras responsabilidades:
- -Convocar as assembleias de condôminos.
- -Representar o condomínio, ativa e passivamente, inclusive em juízo ou fora dele.
- -Dar imediato conhecimento à assembleia da existência de processo administrativo ou judicial de interesse do condomínio.
- -Cumprir e fazer cumprir a convenção, o regimento interno e as deliberações da assembleia.
- -Diligenciar a conservação e guarda das partes comuns e zelar pela prestação de serviços que interessam aos condôminos.
- -Elaborar o orçamento anual de receitas e despesas.
- -Cobrar dos condôminos as contribuições e aplicar, se for o caso, as multas previstas.
- -Prestar contas à assembleia, anualmente ou quando exigido.
- -Realizar ou renovar o seguro da edificação.
Além disso, vale destacar que a função não se limita ao que está “no papel legislativo”: cabe ao síndico adotar boas práticas de administração, zelar pela transparência e manter processos claros de gestão.
Desafios do síndico moderno: o que mudou?
Se antes a figura do síndico podia se restringir a recolher as taxas, cuidar da limpeza e convocar assembleias, hoje o panorama é outro. Aqui estão alguns dos desafios mais recentes que foram incorporados à rotina desse gestor condominial:
1. Profissionalização crescente
O perfil mudou: uma pesquisa da plataforma SíndicoNet de 2021 mostrou que cerca de 18 % dos condomínios possuem síndicos profissionais, aqueles que são contratados; enquanto em 2013 esse percentual era apenas 6 %.
2. Inadimplência elevada
A gestão financeira tornou-se um dos maiores desafios do atual gestor de condomínios. O número de dívidas protestadas em cartório bateu recorde, saltando de 4.885 em 2020 para 15.320 em 2024, um crescimento de mais de 200%, conforme dados do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil (IEPTB). O primeiro trimestre de 2025 totalizou mais de 6 mil novos protestos. Os números revelam um cenário preocupante para a saúde financeira dos condomínios.
3. Convivência, complexidade e volume de conflitos
Com o advento de condomínios cada vez maiores ou com perfil “condomínio-clube”, o número e a complexidade dos conflitos entre moradores cresceu. Exemplos: disputas por vagas de garagem, uso de áreas comuns, horários de lazer, barulho, entre outros.
4. Tecnologia, sustentabilidade e gestão moderna
Hoje espera-se que o síndico domine ou ao menos esteja familiarizado com ferramentas digitais de gestão (apps de condomínio, portais, prestação de contas eletrônica), bem como temas como energia solar, automação e sistemas de segurança conectados, e outros.
5. Normas, responsabilidades e exigências legais maiores
A legislação e o juízo social se intensificaram. O síndico moderno responde não só à assembleia, mas também pode ser responsabilizado civil ou criminalmente em caso de omissão por situações como manutenção precária, danos a moradores e falha nas cobranças.
6. Pressão por transparência e boa comunicação
Moradores esperam transparência total, prestação de contas clara, canais de comunicação ativos.
7. Gestão financeira responsável e crédito consciente
Diante da necessidade de obras, modernizações e melhorias, o síndico deve ter segurança e visão estratégica ao contratar crédito. A decisão de financiar reformas deve ser baseada em planejamento, transparência com os condôminos e segurança jurídica.
Nessa hora, contar com uma instituição sólida faz toda a diferença. O HR – O Banco dos Condomínios, autorizado pelo Banco Central, é referência em soluções financeiras exclusivas para condomínios, oferecendo empréstimos, financiamentos, compra de passivo e a Garantia de Receita Condominial — serviços que trazem estabilidade e facilitam a execução de melhorias sem comprometer a saúde financeira do condomínio. Acesse hrdigitalscd.com.br e saiba mais.
Esses elementos combinados mostram que ser síndico hoje exige preparo técnico, relacional e estratégico. Não basta “ser morador voluntário”. É preciso ir além, estar conectado às transformações do mercado e buscar adaptação constante.
Imagem: Freepik
Fonte: Redação PredNews



