Moradores e síndicos precisam de transparência e confiança para garantir uma relação saudável quando o assunto é administração de condomínio. Golpes, fraudes e corrupção são totalmente incompatíveis com essa transparência, essencial para a gestão de recursos coletivos. No entanto, denúncias de síndicos corruptos têm se tornado cada vez mais frequentes, como é possível ver em sites, na TV e em outros meios de comunicação.
Esses casos prejudicam a imagem dos síndicos que atuam com honestidade, cumprindo a lei e respeitando os compromissos assumidos durante seus mandatos, que representam a maioria da categoria.
Ser lesado no próprio local onde reside é uma experiência muito impactante, especialmente quando o golpe é praticado por quem deveria ser o guardião legal e moral do patrimônio comum: o síndico.
A taxa condominial, cobrada dos moradores, deve ser destinada às despesas do condomínio, como salários de funcionários, encargos sociais, consumo de água, energia, limpeza, honorários da administradora, entre outros. Manter essa taxa em dia garante a preservação das áreas comuns e a manutenção eficiente das dependências do condomínio.
Mas, o que acontece quando essa taxa é desviada? Quando síndicos corruptos utilizam os recursos do condomínio para fins pessoais ou outras finalidades não relacionadas ao condomínio, além de prejudicar financeiramente os moradores, a estrutura física dos empreendimentos administrados se deteriora, funcionários e fornecedores deixam de receber, e diversos outros fatores afetam a qualidade de vida e o bem-estar da comunidade condominial.
Golpes comuns
– Compras com o cartão do condomínio em estabelecimentos comerciais inusitados;
– Superfaturamento de serviços: para obter lucro, síndicos desonestos exigem uma porcentagem sobre o valor contratado dos serviços realizados no condomínio;
– Apresentação de orçamentos falsos, muitas vezes de empresas pertencentes ao mesmo proprietário, como se fossem legítimos para os moradores.
Diante desse cenário, é possível eliminar definitivamente a corrupção dentro dos condomínios? A resposta é não. Contudo, algumas práticas podem inibir a ação de gestores mal-intencionados.
Combatendo síndicos desonestos
A primeira medida para afastar a corrupção é garantir a transparência na gestão condominial. É essencial que os moradores tenham o direito de verificar de perto e sempre que solicitarem, todos os gastos com as despesas do condomínio. Uma gestão transparente também envolve a escolha de uma administradora que ofereça uma plataforma online, facilitando o acesso dos condôminos à supervisão de todos os pagamentos. Confira mais dicas abaixo:
– Enviar a prestação de contas mensal junto com o boleto;
– Manter os condôminos sempre informados sobre o que está sendo feito no condomínio, utilizando ferramentas de comunicação como sites e informativos espalhados pelas diferentes áreas do condomínio;
– Condôminos participativos e um conselho atuante são fundamentais nesse processo. Os moradores devem participar das assembleias, pois, se estas não contam com a presença dos condôminos, o mau gestor encontra brechas para aplicar seus golpes sem ser notado;
– Um conselho que não se reúne com frequência também abre espaço para que uma gestão desonesta se instale no condomínio. O mesmo ocorre se os documentos referentes à administração condominial não são analisados com a devida atenção. Por isso, os integrantes do conselho devem conhecer os balancetes do condomínio e é necessário que sejam feitas atas das reuniões para que os moradores possam ter ciência.
A vigilância e a participação são os maiores aliados na luta contra síndicos corruptos e na implementação de uma gestão eficiente, conduzida com o máximo de transparência possível.
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Fonte: Redação Prednews
